(1966 – 1982)
Não se sabe ao certo quando e como foi formada a República Alcatraz. Provavelmente foi fundada em 1966 à rua Camilo de Brito, 69. Parece que pelo menos a maioria dos moradores da Alcatraz eram alunos da Escola de Minas.
A partir de não sei quando moravam na Alcatraz quase que somente estudantes da Escola Técnica.
Em 75 a República mudou-se para o Beco da Boa Esperança, depois, em 77, mudou-se novamente para uma rua cujo o nome não conseguimos descobrir e finalmente para a rua Arthur Versiani dos Anjos, 63, na terceira, em 1979.
No final de 79 houve uma reviravolta na República e no princípio de 80 só permaneceram o Gilson e o Marcelo (Madre). A partir disto os dois começaram a catar novos moradores. Foi nessa época que lá foram morar Jared, Moacir, Pente Fino, cascata, Dingo e eu Sérgio (Orêia).
O Jared fazia cursinho e depois de ser reprovado no vestibular da Escola de Minas (em junho de 80) voltou para Ponte Nova e hoje está fazendo Engenharia em Governador Valadares.
Dingo, o cachaceiro e tigre da casa, vivia preocupado com os cabelos que diminuíam enquanto a careca aumentava. Em agosto de 80 mudou-se para a República Tabu.
Gilson, o Goiano, que é mineiro de Rio Pomba, que era um dos famosos Pês (P1, P2 e P3) que faziam Metalurgia e eram os maiores CDF’s da escola. Formou-se em dezembro de 80.
Também passaram pela Alcatraz de 80 para cá : Rabias (Tiú), agosto de 80- abril 81; Pé-na-Cova, outubro de 80 a maio de 81 e o Bruxa, durante o 2º semestre de 81.
O Teta (Suado) morava numa pensão e se juntou a nos em agosto de 80. O Toca (Cabide, na época) foi para a Alcatraz em junho de 81.
Nos lembraremos sempre dos vizinhos: Sô Alexandre, o pastor alemão Haroldo (ótima companhia para coçar), Osmar (Brasão) e Márcia, Sandra, Lourdinha (aquela da cicatriz no rosto), Rosinha (minha canoa), Tó e outros. Não esqueceremos também do padeiro Sô Ferreirinha, que fazia a maior barulhada às cinco da manhã; da Sandrinha Paracatu (… ô verão bão…); das casas da Leleca e Jujuba; das festas no Estadual; dos “refrescos” do Pente Fino e do Tetê; etc.
Estávamos sempre esperando que a Escola comprasse uma casa (na época corriam boatos de compras de casas para transformar em Repúblicas) e assim acabariam com os nossos problemas: não pagaríamos mais aluguel e não separaríamos a turma da Alcatraz. Mas as compras das casas não passaram de boatos.
Enfim a solução salvadora, as casas que estavam sendo construídas no Morro. Precisávamos formar Repúblicas de 20 pessoas para entrar no sorteio das casas. Por essa razão nós nos unimos a Berimbau e a mais alguns de lugares variados (Americana, Curral e Mauzoléu)
No dia 15 de Abril de 82, “arrumamos” os cacarecos no caminhão da UFOP e mudamos pá nossa nova casa.
Escrito por Sérgio Bomtempo Martins ( Orêia )